sábado, 8 de novembro de 2008

Uma questão de equilíbrio....

Por vezes dou por mim a pensar na forma de resumir o que é a vida e o que é viver. Olho à minha volta e vejo que tudo e todos giram à volta do dinheiro, do reconhecimento exacerbado e do sucesso a qualquer preço. Passam por cima de valores e princípios éticos básicos e de relacionamentos pessoais baseados na amizade. Nada disso conta nos dias de hoje.

Falo por mim, e pelo que vejo no meu local de trabalho num dos maiores grupos de empresas nacionais. De que vale ser administrador, ganhar rios de dinheiro, ser reconhecido (nem sempre pelas melhores razões) e não ter uma família com quem partilhar tudo isso? De que vale ser uma chefona cheia de poder, com grande capacidade de intimidação se depois perante um abraço sentido de uma filha ou filho a um pai ou uma mãe hierarquicamente inferior, fica invejosa?


Antes que pensem que isto é um desabafo de alguém pouco importante nesta empresa ou de alguém que não tem ambição, digo já que não o é. Tenho humildade suficiente para poder dizer que tive (até agora) algum sucesso profissional, estou numa posição relativamente bem reconhecida, e tenho bastante ambição. Mas só até certo ponto.

É aqui que entra o equilíbrio. Pelo menos o meu. Nada deste relativo sucesso (mais uma vez, pelo menos para mim), deste reconhecimento seria importante se não tiver sucesso no meu lado pessoal. E confesso, estou muito mais preocupado com este lado da balança do que com o outro. Eu também quero um "palácio", uma casa de férias, poder comprar o que quiser e quando quiser. Sei que, infelizmente o dinheiro faz falta. Mas de que vale poder ter e fazer isso tudo se não tiver com que o partilhar?

É este o meu objectivo de vida por estes dias. Maximizar os dois lados da balança, mas procurando sempre o máximo de equilíbrio entre eles.

2 comentários:

nina disse...

Cada pessoa tem de buscar o seu equilibrio. Para alguns a balança pende para o dinheiro, noutros na carreira e/ou sucesso e em alguns na família. Infelizmente hoje em dia o prato dos primeiros está mais acima... o meu pende para o lado oposto, claro, mas são escolhas que cada um faz e terá de viver com isso mesmo.
(claro que concordo contigo, o dinheiro e afins são importantes também, mas não são tudo... não preenchem o vazio (instalado) do que é muito mais valioso e que o dinheiro ou sucesso nunca poderão comprar!)

Ariane Rodrigues disse...

Concordo. A felicidade só tem sentido quando é partilhada.