Deve chamar-se tristeza
Isto que não sei que seja
Que me inquieta sem surpresa
Saudade que não deseja.
Isto que não sei que seja
Que me inquieta sem surpresa
Saudade que não deseja.
Sim, tristeza - mas aquela
Que nasce de conhecer
Que ao longe está uma estrela
E ao perto está não a ter.
Seja o que for, é o que tenho.
Tudo mais é tudo só.
E eu deixo ir o pó que apanho.
De entre as mãos ricas de pó.
(Fernando Pessoa)
Tudo mais é tudo só.
E eu deixo ir o pó que apanho.
De entre as mãos ricas de pó.
1 comentário:
E ao longe está uma estrela... que nunca temos. Lindo poema de F. Pessoa
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