Por vezes dou por mim a querer fugir da realidade. Da minha vida tal como está. Começar de novo. Não que esteja mal, só por ser diferente. Fazer coisas que hoje em dia não faço, estar onde não posso estar (faz-me lembrar sempre da música do António Variações...). Existe uma grande parte em mim que precisa dos seus momentos de isolamento, de estar sozinho, de estar sem contacto com a realidade dos dias de hoje, sem contacto com as pessoas que vemos e falamos todos os dias.
Nestas alturas, penso sempre nas montanhas do Tibete. Nunca lá estive. Mas é para lá que o meu imaginário me leva. Não sei se por ter visto e gostado daquelas reportagens do canal "Travel" ou do "People&Arts", se por um qualquer filme que tenha visto, mas a verdade é que cada vez "estou" assim, só penso no que daria para estar naquelas montanhas. Longe de tudo e de todos. Sem confusão. Sem problemas. Onde apenas eu e os meus pensamentos estariamos juntos num local místico e de paz.
Talvez a imagem que tenho daquele local seja errada e desprovada de realidade. Talvez seja apenas apenas o meu imaginário, que aproveita todos os filmes que vejo para criar este tipo de imagens, a mostrar-me um refúgio, que seria perfeito para mim, mas que não existe nem é possível de atingir. Da mesma forma que não conseguimos fugir da realidade...
(Feeling: No mundo da lua)
1 comentário:
Como diria Buda “A paz vem de dentro de ti próprio, não a procures à tua volta.”: penso que é dentro de nós que encontramos o(nosso próprio) refúgio independentemente da ambiance (mas claro que esta também ajuda... e muito!)
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